Um dos remédios mais famosos contra a calvície masculina é a Finasterida. Também é conhecida no Brasil como o tratamento da alopecia androgenética, sendo receitado desde 1998, para combater o avanço da queda de cabelo que é causada através da genética e dos hormônios. Além de ajudar a recuperar as áreas calvas da cabeça.
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Nem tudo são flores, e existem muitos relatos de efeitos colaterais graves, que levam muitas pessoas a desistirem do tratamento. No entanto que a bula da Finasterida já foi mudada várias vezes. Saiba tudo sobre a finasterida, seus principais usos e cuidados necessários para evitar eventuais danos:
Sobre a Finasterida
As pesquisas inicias desse remédio começaram em 1974, devido a uma mutação genética em crianças, chamada de pseudo-hermafroditismo (com genitália ambígua). Essa mutação fazia as crianças ter os níveis de uma enzima muito baixo, a enzima 5α-redutase, responsável por converter hormônio testosterona em di-hidrotestosterona (DHT).
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Essas crianças então apresentavam próstatas pequenas e também desenvolviam a calvície masculina. Depois desse estudo, um laboratório desenvolveu um medicamento que imitasse esse efeito e conseguisse diminuir os níveis de DHT no organismo. A intenção era tratar uma outra condição chamada de hiperplasia prostática benigna, que causa problemas urinários e aumenta o tamanho da próstata.
Mas foi só em 1997 que a Finasterida foi autorizada para tratar alopecia androgenética nos Estados Unidos, e só um ano depois que a Anvisa liberou aqui no Brasil.
Como ela funciona?
O principal hormônio masculino é a testosterona, que é produzida nos testículos, e em pequenas quantidades em ovários nas mulheres, mas em ambos, pelas glândulas adrenais. O tal hormônio possui diversas funções no organismo, desde desenvolver o sistema reprodutor masculino no feto, até as mudanças da puberdade em meninos mais jovens, acelera o crescimento muscular e ajuda a manter a densidade dos ossos, além de também podem interferir no nível de energia do apetite sexual e na agressividade dos homens.
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Nos folículos capilares, assim como na próstata, cerca de 5% da testosterona é convertida DHT, que nada mais é que um hormônio concentrado. Esse DHT pode vir a ser até 5 vezes mais forte que a testosterona. O problema é que esse DHT também pode fazer que os cabelos caiam.
Isso acontece porque o hormônio se conecta aos receptores androgênicos que estão nos folículos capilares e faz com que a fase de crescimento dos fios diminua. E com isso o calibre do fio também diminui assim como a atividade dos folículos. A Finasterida então serve para inibir que essa enzima transforme a testosterona em DHT, interrompendo o ciclo todo lá no início.
Efeitos colaterais
Alguns efeitos colaterais estão relacionados com a disfunção erétil e a falta de libido, além da diminuição da ejaculação. Edema labial, erupções cutâneas e aumento das mamas. Há também relatos de infertilidade, qualidade de sêmen baixa e mas que foram revertidos ao interromper o uso da Finasterida.